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Conheça os vencedores do 15º Festival Primeiro Plano

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Com 57 produções exibidas ao longo da semana, a 15ª Edição do Primeiro Plano - Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades se encerrou na noite de sexta (03/12), premiando 16 filmes nas mostras competitivas Regional e Mercocidades. 

De acordo com o coordenador geral do evento, Aleques Eiterer, a edição de 2017 já está confirmada. O Festival recebeu o prêmio Exibe Minas, da Secretaria de Cultura de Estado de Minas Gerais, que garante verba para o próximo Primeiro Plano. “A Secretaria de Cultura abriu um edital para festivais e mostras, nós mandamos a documentação necessária e fomos aprovados. É uma verba que vai garantir o festival ano que vem, o que é um alívio, porque só sabemos alguns meses antes se vai rolar. Nós ficamos muito felizes com tudo que aconteceu”, conta Aleques.

O coordenador ainda destacou osucesso do festival, tanto em relação ao público quanto às produções participantes. “As pessoas têm um carinho muito grande pelo festival, acho isso muito legal. O festival é muito importante para a visibilidade dos filmes, para a discussão sobre o audiovisual e para o incentivo à produção local audiovisual de Juiz de Fora. Acho que o festival coloca as pessoas em contato com o fazer cinematográfico através das oficinas, e traz pessoas que vão ser novos agentes culturais na cidade. A própria produção juiz-forana cresceu muito, porque no nosso primeiro festival tinham 5 filmes da cidade, agora recebemos 50 filmes só de Juiz de Fora e Zona da Mata”, explica.


Premiações

"O Chá do General", curta premiado pelo Júri Jovem do festival

O corpo de jurados do Primeiro Plano foi formado por profissionais da área do cinema, mas também contou com a participação de alunos de graduação. Madalena Costa, estudante de jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), foi convidada por seu professor e também um dos organizadores do Festival para compor o Júri Jovem, ao lado de Júlia Gama e Larissa Portela. O filme premiado pelo Júri Jovem foi O chá do general, de Bob Yang. Além disso, outras três produções receberam menções honrosas: Maria, de Carol Correia; Cão da estrada, de Erick Martorelli; e Não é pressa, é saudade, de Camilla Shinoda.

Segundo Madalena, parte das obrigações do Júri Jovem consiste em comparecer a todas as sessões da Mostra Competitiva Mercocidades, além de pensar em métodos de avaliação para escolher o melhor filme. “Depois que assistimos a todos os filmes, nos reunimos e estabelecemos critérios como fotografia, direção, narrativa. E nessa criação de critérios, fomos selecionando os filmes que mais gostamos. Gostei muito de vários filmes, cada um tinha uma peculiaridade, e aí ficou muito difícil de escolher. Foi uma experiência incrível, mas ao mesmo tempo, foi meio ‘sofrido’ de ter que escolher apenas alguns”, diz Madalena.

"A Menina que Colecionava Estrelas", de Ana Cláudia Ferreira, recebeu o Prêmio Incentivo

Um dos prêmios mais esperados do Festival é o Incentivo Primeiro Plano, que oferece apoio à equipe vencedora para produzir um filme a ser exibido na abertura da próxima edição. A produção vencedora desse ano foi A menina que colecionava estrelas, de Ana Cláudia Ferreira. Feliz pelo reconhecimento do trabalho, a diretora destaca que “precisa de muita mulher fazendo cinema”. “O feminismo é uma luta que eu traço pessoalmente, e acredito que qualquer que fosse a função que eu iria exercer socialmente, iria trazer isso de alguma forma. Nós vivemos um momento que, até então, tem mais filmes contados por homens, feitos para homens, ou então filmes que contam histórias de homens. Eu acredito que o cinema ainda é muito machista, e só através da visibilidade e da representatividade feminina que vamos conseguir mudar esse cenário”, afirma Ana Cláudia.


O público também fez seu trabalho de júri, tendo votado em Um brinde, de João Vigo, como melhor filme da Mostra Competitiva Mercocidades, e em Feminino, de Carolina Queiroz, da Mostra Competitiva Regional.


Para o diretor de Um brinde, a relação de amizade abordada no curta atraiu a atenção do público, trazendo uma identificação com os personagens. “Eu acho que todo mundo sempre tem uma história de amizade para contar, e tem uma declaração de amor, de afeto entre os personagens, que depois termina naquela brincadeira de mau gosto. A galera se diverte com isso tudo porque todo mundo já fez alguma brincadeira com algum amigo. Acho que o público se vê nessa situação, e aí tem essa reação tão legal”, diz João Vigo.

Como novidade nesta edição, nós da 365 Filmes participamos do júri com uma premiação extra. O curta premiado foi Lúcida, de Caroline Neves e Fabio Rodrigo. Abordando a difícil realidade periférica de mães abandonadas pelo companheiro, a obra mescla documentário e ficção com exímio domínio cinematográfico. Um olhar sensível mas agressivo, levantando uma reflexão necessária. Como Menção Honrosa, "Primeiro Ensaio", de Daniel Couto, foi selecionado pelo excelente trabalho realizado sobre o conturbado processo criativo no cinema.

Confira a lista completa das categorias de prêmio e seus vencedores:


Mostra Competitiva Mercocidades
Melhor Filme: Quem matou Eloá?, de Lívia Perez
Melhor Direção: Elena Sassi, por As três
Melhor Roteiro: Lívia Perez, por Quem matou Eloá?
Melhor Concepção Fotográfica: Hassan Shahateet , por O chá do general
Melhor Concepção Sonora: Iago Cordeiro Ribeiro, por Obra autorizada
Melhor Montagem: Lívia Perez e Cristina Müller, por Quem matou Eloá?
Melhor Direção de Arte: Manoela Clemente , por O chá do general
Melhor Trilha Musical: Susy Shock, por Deconstrução. Crónicas de Susy Shock
Melhor Ator: Ivson Rainero, por Um brinde
Melhor Atriz: Marcélia Cartaxo, por Maria
Melhor Primeiro Plano: Quem matou Eloá?, de Lívia Perez
Menção honrosa: Lembranças do fim dos tempos, de Rafael Câmara

Júri Jovem
O chá do general, de Bob Yang
Menções honrosas:
Maria, de Carol Correia
Cão da estrada, de Erick Martorelli
Não é pressa, é saudade, de Camilla Shinoda

Júri Infantil
Coisa-Malu, de Paula Cintra Ferreira e Tobias Rezende

Júri Popular
Voto do Público Mostra Competitiva Mercocidades: Um brinde, de João Vigo
Voto do Público Mostra Competitiva Regional: Feminino, de Carolina Queiroz

Mostra Competitiva Regional
Incentivo Primeiro Plano
A menina que colecionava estrelas, de Ana Cláudia Ferreira
Menções honrosas:
Feminino, de Carolina Queiroz
Hoje é domingo e tem tanta estrela por aí, de Daniel Madão e Thiago Lopes
A fita, de Lucian Fernandes e Thaíz Araújo

Prêmio Luzes da Cidade
Feminino, de Carolina Queiroz
Menção honrosa:
O vazio que vem da gente, de Caio Deziderio, Luana Souza, Monique Oliveira e Vinícius Martins

Prêmio José Sette 
B, de Giovanni Viruez

Prêmio 365 Filmes
Lúcida, de Fabio Rodrigo e Caroline Neves
Menção honrosa:
Primeiro ensaio, de Daniel Couto

Feminino: doc sobre a cena drag em Juiz de Fora

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Marcada por intensos aplausos, a estreia do curta documentário “Feminino”, exibido na Mostra Competitiva Regional do Festival Primeiro Plano, surpreendeu por sua qualidade técnica, garantindo ao final do evento dois prêmios e uma menção honrosa. Produzido para a disciplina de Cinema e Ciências Sociais do Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF -, a ideia veio do interesse em registrar as festas do Realce - bloco de carnaval de drag queens da cidade.

O curta segue a drag Femmenino, criada por Nino de Barros, na cena noturna juiz-forana, e discute as questões de gênero, além de explorar as vivências de várias drags do bloco Realce. Para Nino, “o drag é um ato político natural” e a importância de se debater gênero vem por causa dos rótulos de gênero e da gentrificação crescente de tudo.

Cena do curta documentário "Feminino" (2016)
A obra que destaca as manifestações artísticas das drag queens chamou atenção e já foi exibido até mesmo fora do país, no Fringe! Queer Film & Arts Festival, festival que aconteceu em Londres, Inglaterra. Segundo a diretora do curta, Carolina Queiroz, eles se inscreveram em vários festivais, todos gratuitos, e obtiveram algumas respostas: “A gente procurou selecionar mais os que tinham a temática de gênero e essas coisas, a gente correu atrás e torceu muito pra que alguns rolassem, a gente queria mesmo que acontecesse.”

Nino contou que está muito feliz com a repercussão, porque a intenção do curta era atingir um público mais regional - como o do Festival Primeiro Plano -, e foi uma surpresa boa esse alcance maior. “Lá fora é incrível porque é um público diferente. A gente foi pra São Paulo, foi pra Londres, agora vai ter Ucrânia, vai ter México, e eu estou super feliz mesmo, quero que vá pro mundo. De Juiz de Fora pro mundo.”


Carolina, que é amiga de Nino, contou que a maior dificuldade foi esperar as drags ficarem prontas: “demora demais e todo mundo atrasa, você chega e só vai gravar 4 horas depois”. Dona de uma produtora, a Old Man Filmes, ela já possuía os equipamentos, e fez o curta sem nenhum patrocínio ou incentivo, foi tudo recurso próprio. “Era eu e a câmera encontrando com as gay, e só.”

Mas a diretora já tem um novo projeto em pré produção, na fase de captação de investimento. “A gente planeja fazer um longa metragem, com outros personagens, expandir, fazer uma coisa mais de âmbito nacional, não ficar tão local assim”. O projeto vai abordar questionamentos de gênero, explorando o tema em três personagens distintos: um andrógeno, uma trans e uma drag.


Nino destacou a importância do debate de gênero na atualidade, o respeito à diversidade e como essa luta tem crescido em Juiz de Fora: “Nós vamos ocupar esses lugares, a gente vai estar nesses lugares, porque isso tem que acontecer. Essa é a nossa resistência, drag é resistência, e a gente tem que se mobilizar, e é ocupar e resistir mesmo, e montada! De peruca, de salto, de cílio e tudo que tiver direito.”

O Festival Primeiro Plano foi encerrado neste sábado, e você pode conferir as matérias feitas durante o evento aqui.

7 Curiosidades Sobre O Fantástico Senhor Raposo

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Com seu estilo único, o diretor Wes Anderson já conquistou muitos fãs e impressionou a Academia, fazendo com que seu último filme “O Grande Hotel Budapeste” (2014) levasse quatro estatuetas por categorias técnicas.

O diretor está produzindo seu novo filme, uma animação stop motion sobre a vida dos cachorros, que já conta com nomes como Bryan Cranston, Edward Norton e Bill Murray no elenco. O filme só chega em 2018, mas que tal conhecer um pouco mais sobre outra animação do cineasta? 


"O Fantástico Senhor Raposo" (Fantastic Mr. Fox), lançado em 2009, acompanha a vida do Sr. e da Sra. Raposo e seu filho Ash. Mesmo tendo prometido à sua esposa que iria passar a levar uma vida honesta e parar de roubar galinhas, após se mudarem para uma árvore próxima das fazendas de Boggis, Bunce e Bean, o Senhor Raposo volta a vida de roubos. Só que ninguém esperava que os três fazendeiros se unissem contra Raposo e os outros animais.

Não viu o filme e ainda não sabe se vale a pena? Vem ler essas curiosidades pra se decidir. Prometo que é sem spoilers!


1) Inspiração


O filme é uma adaptação do livro homônimo de Roald Dahl, autor de "A Fantástica Fábrica de Chocolate". "Fantastic Mr. Fox" foi o primeiro livro do diretor Wes Anderson. Sua mãe comprou para ele em uma feira de livros, quando ele tinha cerca de sete anos de idade. Wes considera Roald Dahl um de seus heróis. 


2) Espontâneo


Wes decidiu gravar as dublagens com os atores fora de estúdios. Os diálogos foram reproduzidos em florestas, estábulos, sótãos e até no subsolo. Tudo para dar mais espontaneidade e naturalidade para as falas.

3) Stop motion



"O Fantástico Senhor Raposo" foi a primeira animação de Wes Anderson. Feita em stop motion, o filme é composto por quase 56.000 takes. O diretor, em entrevista ao Huffington Post, comentou sobre o processo: "Quando você está fazendo uma animação, uma das grandes diferenças é que você pode reescrever o roteiro, mudar o diálogo e adicionar cenas durante o processo, já que você filma apenas uma pequena parte a cada dia".


4) Bonecos, bonecos e mais bonecos



Ao todo, 535 bonecos foram feitos para o filme. A equipe precisou de sete meses para aperfeiçoar o primeiro fantoche do Sr. Raposo! Somente ele tinha 17 estilos diferentes, e cada um dos estilos teve que ser feito em seis tamanhos diferentes. Foram feitos 102 fantoches só do Sr. Raposo.


5) Estilo



O guarda roupa do Sr. Raposo foi inspirado nos ternos de veludomarrom que Wes Anderson usa.

6) Dublagem

O diretor também fez outra contribuição para o filme, dublando a Doninha, personagem que era agente imobiliário na história. Já a personagem Agnes foi interpretada pela namorada de Wes, Juman Malouf. Os protagonistas, Senhor e Senhora Raposo, são dublados, respectivamente, por George Clooney e Meryl Streep. Outros nomes famosos também estão no elenco, como Bill Murray, Jason Schwartzman, Owen Wilson, Adrien Brody e Willem Dafoe.

7) Produção levada a sério



O cabelo usado nos personagens humanos era cabelo humano de verdade, coletado dos empregados do estúdio MacKinnon & Saunders, a empresa que fabricou os bonecos para o filme. Você pode conferir um trecho do making of do longa neste vídeo.

Conhece outras curiosidades? Compartilhe com a gente!

Confira o trailer de Dunkirk, novo filme de Christopher Nolan

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O novo filme de Christopher Nolan, Dunkirk, acaba de ganhar o seu primeiro trailer. Nesta segunda também foi divulgado seu pôster oficial. Confira abaixo.


O longa se passa na Segunda Guerra Mundial, baseado na Operação Dínamo e na Batalha de Dunkirk, ocorrida entre maio e junho de 1940. A operação foi responsável pela retirada de mais de 300 mil soldados aliados do porto francês de Dunquerque, cercado por forças nazistas, para a cidade inglesa de Dover.

Veja o trailer aqui:


Filmado em película e IMAX 70mm, Dunkirk e conta com Harry StylesTom HardyCillian MurphyMark RylanceKenneth BranaghJack Lowden no elenco. A previsão de lançamento é para julho de 2017.

Ilustrador belga recria pôsteres de filmes famosos

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Laurent Durieux foi professor e designer por duas décadas e só recentemente se tornou ilustrador, mas isso não o impediu de conquistar com a sua arte. Ele se tornou conhecido por recriar pôsteres de diversos filmes de uma maneira totalmente original e única. As ilustrações variam de filmes clássicos, como Os Pássaros, a filmes mais atuais, como O Espetacular Homem Aranha

O ilustrador de 42 anos só foi descoberto nos Estados Unidos nos últimos anos, isso graças ao grande número de indicações e prêmios que recebeu. Algo que também o colocou nos holofotes foi que sua ilustração do pôster de Jaws (Tubarão), feita em 2013, chamou a atenção do diretor do filme, Steven Spielberg

Confira alguns dos pôsteres recriados por Durieux:

Tubarão

Jaws | Steven Spielberg | 1975
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Psicose

Psycho Alfred Hitchcock 1960
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O Espetacular Homem-Aranha

The Amazing Spider-Man | Mark Webb | 2012

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Duro de Matar

Die Hard | John McTiernan | 1988
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King Kong

King Kong Merian Caldwell Cooper e Ernest B. Schoedsack 1933
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O Mestre

The Master | Paul Thomas Anderson | 2012
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O Poderoso Chefão

The Godfather | Francis Ford Coppola | 1972
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Drácula 

Dracula | Tod Browning e Karl Freund | 1931
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Ilha do Medo

Shutter Island | Martin Scorsese | 2010
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Frankenstein

Frankenstein | James Whale | 1931

O que achou das recriações? Gostou de algum em especial? Compartilhe com a gente!

Vídeo reúne os 25 Melhores Filmes de 2016

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Já virou tradição esperar ansiosamente o vídeo do crítico David Ehrlich com, para ele, os melhores 25 filmes do ano. A compilação em vídeo começou em 2012 e conquistou inúmeros fãs de lá para cá. David Ehrlich é um crítico do renomado portal IndieWire e sua lista reúne sempre ótimas surpresas, além da edição do vídeo, com ótimas trilhas e cenas, serem um deleite.

Habitualmente, grande parte dos filmes listados só chegarão ao circuito brasileiro em 2017, mas rodaram por importantes festivais e poderão ser vistos entre os indicados das principais premiações que antecedem o Oscar.

Prepare o caderninho para fazer sua lista e dê play logo abaixo:



Para não perder nenhum, listamos eles aqui para você:

25. Weiner
24. High-Rise
23. Lemonade
22. Things to Come
21. Kate Plays Christine
20. Always Shine
19. Manchester By The Sea
18. Swiss Army Man
17. Silence
16. Ave, César!
15. A Bruxa
14. American Honey
13. Indignation
12. Toni Erdmann
11. The Handmaiden
10. The Love Witch
9. The Lobster
8. La La Land
7. The Fits
6. Kubo and The Two Strings
5. A Bigger Splash
4. O.J.: Made in America
3. Jackie
2. Sunset Song
1. Moonlight

10 filmes brasileiros que farão você (re)pensar sobre a vida

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Muitas vezes a primeira impressão das pessoas ao pensar no cinema brasileiroé logo lembrar de alguma comédia genérica. Porém, o que às vezes acabamos esquecendo é que a sétima arte brasileira produz grandes filmes que abordam temáticas sérias, levantando reflexões e questionamentos. Por isso, para você renovar seu conceito sobre o nosso cinema - ou reafirmar sua admiração -, preparamos uma lista com 10 filmes brasileiros que farão você pensar sobre a vida e a nossa sociedade.

1) Aquarius

Kleber Mendonça Filho | 2016 | 145min


Esse filme chamou a atenção esse ano em grandes premiações, como o Festival de Cannes, e não foi em vão. “Aquarius” aborda de forma sensível mas ainda assim bastante enfática uma série de questões da modernidade e também da sociedade brasileira. Na trama, a personagem Clara (Sonia Braga), com 65 anos, mora no apartamento no qual criou sua família e passou a maior parte da sua vida, e que agora é alvo de uma empresa que deseja comprá-lo para assim poder derrubar todo o prédio e construir um novo empreendimento no local.


Em meio às negativas de Clara em vender o imóvel, o filme traz como temática o conflito muito atual da nossa sociedade que glorifica o novo acima de tudo, muitas vezes desvalorizando o que é mais antigo. Também são trabalhados assuntos como os limites éticos das corporações e os conflitos de classes sociais do Brasil - tudo entregue brilhantemente por uma direção criativa, fotografia inspirada e a atuação extraordinária de Sonia Braga.

2) Que Horas Ela Volta

Anna Muylaert | 2015 | 111min

Uma comédia com cunho crítico, “Que Horas Ela Volta” também se destacou na crítica e em premiações - como nos renomados festivais de Berlim e Sundance. O filme narra a história de Val (Regina Casé), que saiu do interior de Pernambuco para trabalhar em São Paulo, e passa 10 anos vivendo e trabalhando na casa dos patrões como babá do garoto Fabinho (Michel Joelsas). Com a chegada da filha de Val, Jéssica (Camila Márdila), que vai fazer vestibular na “cidade grande”, toda a dinâmica dessa casa passa a ser questionada.


Através uma linguagem descontraída e simples - mas cheia de símbolos e metalinguagens -, cenas e diálogos cômicos e ótimas atuações (especialmente de Regina Casé), “Que Horas Ela Volta” é um dos grandes destaques do cinema brasileiro nos últimos anos. Questionando segregações raciais, denunciando preconceitos velados e colocando o dedo na ferida da sociedade brasileira, é um filme que estimula a reflexão sobre o nosso país.


3) Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Daniel Ribeiro | 2014 | 96min

Esse filme consegue unir uma narrativa singela e leve com temáticas atuais da sociedade - mas sem se tornar excessivamente crítico ou, por outro lado, piegas. “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” conta a história de Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego que enfrenta a superproteção dos pais e começa a descobrir a sua homossexualidade quando um novo aluno, Gabriel (Fabio Audi), chega à escola.

Apesar de trazer elementos que poderiam ser tratados como a principal mensagem do filme - a história do garoto com deficiência física e gay -, essa obra consegue ir além e retratar, acima de tudo, problemas que afetam todos os adolescentes. O despertar da sexualidade, a busca pela independência, o relacionamento com os amigos e a família; tudo isso faz com que qualquer pessoa possa se identificar com Leonardo, criando um filme cativante e singelo, tanto em sua fotografia quanto na direção e no roteiro. Ao retratar uma sociedade que aceita e acolhe as diferenças, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” pode parecer utópico e romântico demais, mas, justamente por isso, nos faz pensar se é realmente tão difícil tornar essa visão de sociedade uma realidade.


4) O Menino e o Mundo

Alê Abreu | 2014 | 85min

Um filme de animação em 2D, com técnicas simples e sem nenhum diálogo: “O Menino e o Mundo” pode parecer singelo e simples demais, mas sua veia artística repleta de simbologias e metalinguagens nos faz pensar sobre a sociedade e os valores atuais que assimilamos por vezes sem nem perceber. O filme conta a história de um menino que mora com seus pais no campo. Porém, por causa da pobreza, seu pai precisa ir para a cidade grande. O garoto decide seguir o pai e também viaja para a cidade, e lá encontra um mundo repleto de indiferença, pobreza e exploração.

No entanto, essa dura realidade, a desigualdade entre poderosos e pobres, a paisagem colorida do campo e o cinza desolador da cidade, tudo isso é retratado de forma subentendida, nas entrelinhas. Dessa forma, é uma animação colorida e bonita, atrativa para as crianças, e que ao mesmo tempo faz adultos refletirem sobre a sociedade e repensarem o mundo que desejam deixar para os pequenos.

5) Tropa De Elite

José Padilha | 2007 | 115min

Um dos maiores sucessos de bilheteria e crítica dos últimos anos, “Tropa de Elite” - e também a sua sequência, de 2010 - une ação, crítica social e drama de forma quase impecável. O filme se passa em 1997 e conta a história do Capitão Nascimento (Wagner Moura), que deseja se aposentar do BOPE e busca um substituto. Ele encontra nos dos dois amigos policiais Neto (Caio Junqueira) e André Matias (André Ramiro) candidatos com potencial, que precisam provar seu valor e enfrentar as dificuldades de trabalhar na corporação.

Aqui são retratados o tráfico de drogas, a pobreza das favelas, criminalidade, violência policial e, principalmente, a corrupção nos órgãos públicos, tema que continua presente e relevante ainda hoje. Repleto de frases icônicas, atuações de destaque e cenas emblemáticas, “Tropa de Elite” pinta um quadro chocante e real não apenas do Rio de Janeiro, mas do país todo exemplificado na cidade maravilhosa, e fomenta uma série de discussões e debates.


6) O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias

Cao Hamburguer | 2006 | 105min

O ano é 1970: ano de Copa do Mundo e ano em que a Ditadura Militar dominava o Brasil. E esses dois aspectos são pontos centrais do filme, que traz a história do menino Mauro (Michel Joelsas), de 12 anos, que vai viver com seu avô em São Paulo enquanto seus pais viajam. Só que, na verdade, eles estão fugindo da ditadura e, para piorar, o avô de Mauro falece em seguida e o garoto é deixado com outro morador do prédio, o velho judeu Shlomo (Germano Haiut).

Através do olhar de uma criança - ponto de vista pouco explorado sobre esse contexto histórico -, “O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias” retrata a insegurança pública gerada pela Ditadura, a paixão pelo futebol - 1970 foi o ano do tri brasileiro -, a saudade dos pais, o choque de religião e geração entre Mauro e Shlomo, as descobertas e curiosidades da infância e, nesse caso, a solidão singular do menino Mauro. Dessa forma, é um filme que faz pensar não apenas sobre esse período histórico do Brasil, mas também sobre a visão de mundo que uma criança tem e que por vezes deveríamos resgatar mesmo enquanto adultos.

7) Carandiru

Hector Babenco | 2003 | 144min

Baseado em um livro de Dráuzio Varella, “Carandiru” retrata a realidade do maior presídio da América Latina - na época -, tendo como espectador um médico que se voluntaria para realizar um trabalho de prevenção à AIDS. Com essa situação como pano de fundo, no filme se desenrolam acontecimentos que escancaram a violência, as condições desumanas e toda a sociedade que existe dentro do presídio - com suas regras, rituais e rotinas.

O grande trunfo da história aqui é, sem dúvida, a força de chocar, abrir feridas e escancarar situações cruas de violência, preconceito e falta de estrutura, mas de também retratar os presos como pessoas complexas, e não apenas criminosos. É um filme que faz questionar as fórmulas do sistema carcerário brasileiro, tão precário hoje quanto era em 1992, quando ocorreu o massacre que matou 111 presos durante uma rebelião no Carandiru.


8) Cidade De Deus

Fernando Meirelles | 2002 | 130min

"Cidade de Deus” não é apenas um dos maiores filmes do cinema brasileiro, mas também docinema latino-americano - e não é para menos. Essa é a história de dois moradores da favela que dá nome ao filme crescendo enquanto trilham os caminhos da sua vida; um se torna fotógrafo, e o outro um dos líderes do tráfico de drogas.

Mas esse caminho não é apresentado de forma simplista, preto no branco. Ao contrário, é cheio de tons de cinza e aborda desigualdade social, pobreza, violência, drogas e os dilemas morais que esse contexto social impõe diariamente. É impossível assistir à “Cidade de Deus” sem se sentir chocado com a realidade que ainda hoje, quase 15 anos depois, persiste, e pensar sobre as condições de vida no Brasil.

9) O Auto da Compadecida

Guel Arraes | 1999 | 95min

Esse é provavelmente o filme mais leve e bem humorado da lista, mas ainda assim tem o potencial de trazer reflexões tanto sobre temáticas universais, como as escolhas da vida e suas consequências, quanto a respeito da miséria do sertão. Adaptado da clássica peça teatral homônima de Ariano Suassuna, “O Auto Da Compadecida” conta a história de João Grilo (Matheus Natchergaele) e Chicó (Selton Mello), que através de espertezas e esquemas, tentam ganhar a vida em uma pequena cidade da Paraíba.

Apostando na ótima atuação desses dois, em um humor simples e cativante e nas pequenas histórias e personagens que cruzam o caminho de Chicó e João, o longa também aborda a dura vida no nordeste, a falta de oportunidades e a falsa moral que muitas vezes as pessoas escondem. Essa última temática, inclusive, é retratada em um divertido e emocionante julgamento final na presença de Jesus (Maurício Gonçalves), Maria (Fernanda Montenegro) e até do Diabo (Luís Melo).

10) Central Do Brasil

Walter Salles | 1998 | 105min


Esse é um grande clássico que se mantém relevante e reflexivo mesmo com o passar dos anos. No filme, Dora (Fernanda Montenegro) trabalha na Central do Brasil escrevendo cartas para os analfabetos que desejam se comunicar com os familiares. É nessa situação que ela encontra Ana (Soia Lira) e seu filho Josué (Vinícius de Oliveira). Após um acidente que tira a vida de Ana, Dora acaba ficando com Josué e decide levá-lo para o Nordeste com o objetivo de entregar o garoto para o seu pai - que nunca conheceu Josué.

Durante essa viagem, a narrativa mostra a amizade entre essa improvável dupla, além de abordar a dura vida no sertão, a pobreza e o cotidiano do povo brasileiro. Com uma direção que consegue transmitir solidão e companheirismo nos momentos certos e a atuação inspiradíssima de Fernanda Montenegro - indicada ao Oscar de Melhor Atriz por esse papel -, “Central do Brasil” emociona e faz pensar como poucos filmes do cinema brasileiro conseguem.

11) Menção honrosa: O Pagador De Promessas

Anselmo Duarte | 1962 | 97min

O último item da lista é também o mais antigo e aquele que provavelmente recebeu o prêmio mais importante da história do nosso cinema: a Palma de Ouro em Cannes. O filme retrata a saga de Zé do Burro (Leonardo Villar) que, como indica o nome do longa, busca pagar uma promessa: carregar uma cruz do seu sítio até Salvador. O problema é que o padre da cidade é contra porque a promessa foi feita em um terreiro de candomblé e rogava pela recuperação do burro de Zé.

Embora a trama possa parecer absurda e escrachada - quase como uma obra do teatro -, o enredo tem como grande qualidade conseguir abordar e questionar valores sociais em meio à essa missão pitoresca. O conflito entre a religião como instituição e as crendices populares; o oportunismo daqueles que tentam tirar vantagem da promessa de Zé; e a folclórica tenacidade do povo brasileiro - tudo retratado de forma sensível e humana.

Esses são só alguns exemplos que mostram como o cinema brasileiro tem grandes obras que merecem reconhecimento e se destacam como ferramentas de reflexão. A sétima arte possui o poder de nos fazer pensar e mudar atitudes, e esses filmes proporcionam tudo isso enquanto retratam o nosso país - uma combinação imperdível para quem ama cinema.

Harrison Ford e Ryan Gosling estão no primeiro trailer de 'Blade Runner 2049'

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Após muita expectativa e pouco material liberado durante a produção, a Sony Pictures divulgou o primeiro trailer da sequência do clássico Blade Runner. Ridley Scott, diretor da primeira adaptação, fica como produtor neste projeto, e a direção é assumida por Denis Villeneuve, o canadense que conquistou grande prestígio por obras como "Incêndios" e "Os Suspeitos", além do recente "A Chegada".

O filme é ambientado em 2049, como sugere o título, 30 anos após os eventos do primeiro filme. Pouco ainda se sabe sobre a trama, que gira em torno de um segredo capaz de trazer caos para a sociedade.

O elenco traz também, além de Harrison Ford e Ryan Gosling, Jared Leto, Mackenzie Davis, Carla Juri, Robin Wright e Lennie James.




7 Filmes que Você vai Amar se Gostou de Amélie Poulain | Parte 2

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O Fabuloso Destino de Amélie Poulain foi lançado em 2001 e dirigido por Jean-Pierre Jeunet. O filme cativou o público na época e traz novos fãs a cada dia que passa. Por isso, estamos de volta com mais 7 filmes para quem gostou de Amélie Poulain. Você pode conferir a primeira parte da lista aqui.

1) Forrest Gump: O Contador de Histórias

Forrest Gump | Robert Zemeckis | Estados Unidos | 1994
Lançado em 1994 e dirigido por Robert Zemeckis, Forrest Gump: O Contador de Histórias traz Tom Hanks no papel principal e é baseado no livro homônimo escrito por Winston Groom. O longa conta a história de Forrest Gump através de várias décadas da sua vida. Ele viaja ao redor do mundo, encontrando figuras históricas, influenciando a cultura popular e testemunhando alguns dos eventos mais importantes da segunda metade do século XX. O filme foi muito bem recebido pela crítica e recebeu 13 indicações ao Oscar, levando para casa seis estatuetas, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator. 


2) Os Excêntricos Tenenbaums

The Royal Tenenbaums | Wes Anderson | Estados Unidos | 2001
Dirigido por Wes Anderson, diretor conhecido por seu estilo único - que por sinal conversa muito com o de Jeunet em Amélie -, e filmes como O Grande Hotel Budapeste e Moonrise Kingdom, o filme foi lançado em 2001 e traz Gene Hackman, Danny Glover, Gwyneth Paltrow, Ben Stiller, Luke Wilson e Owen Wilson no elenco. Os Excêntricos Tenenbaums conta a história de três irmãos, Chas (Stiller), Margot (Paltrow) e Richie (Luke Wilson), que desde adolescentes demonstraram talentos em diferentes áreas, se tornando bem-sucedidos. O sucesso dos três é esquecido quando seu pai (Hackman) decide voltar para conquistar o amor de sua antiga esposa. O longa recebeu uma indicação ao Oscar por Melhor Roteiro e em 2016 a BBC nomeou o filme como um dos melhores desde 2000.

3) Adeus, Lênin!

Goodbye, Lenin! | Wolfgang Becker | Alemanha | 2003
Adeus, Lênin! conta com Daniel Brühl, Katrin Sass, Chulpan Khamatova e Maria Simon no elenco, O longa é inspirado em um período importante da história da Europa, a queda do Muro de Berlim e a reunificação das duas Alemanhas, sendo vários de seus personagens reais. Em Amélie, temos uma protagonista que se relaciona de forma única com o mundo por conta do que aconteceu com sua mãe, já em "Adeus, Lênin!" temos um protagonista que "cria" um novo mundo para preservar sua mãe. A maior semelhança entre os filmes é como essa desconsideração da realidadeé tratada, de forma bem leve. Dois sonhadores que tentam alterar a realidade para o bem alheio. O longa recebeu muitas críticas positivas e chamou atenção de diversas premiações ao redor do mundo, inclusive recebendo uma indicação na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira no Golden Globes. 



4) Eterno Amor

Un Long Dimanche de Fiançailles | Jean-Pierre Jeunet | França - Estados Unidos | 2004


Dirigido por Jean-Pierre Jeunet, responsável também por O Fabuloso Destino de Amélie Poulain e Delicatessen, Eterno Amor é um filme franco-estadunidense lançado em 2004. As maiores similaridades com Amélie com certeza são,o diretor e a protagonista, interpretada por Audrey Tautou. O elenco traz também Gaspard Ulliel, Marion Cotillard e Dominique Pinon. O longa conta a história de Mathilde (Tautou), uma jovem que aguarda notícias do seu noivo (Ulliel) após o final da Primeira Guerra Mundial. Ela logo descobre que ele foi condenado à morte pelo exército francês, e mesmo após sua execução, ela continua convencida que seu noivo está vivo.

5) (500) Dias com Ela

(500) Days of Summer | Marc Webb | Estados Unidos | 2009
(500) Dias Com Ela é uma comédia romântica estadunidense lançada em 2009, escrita por Scott Neustadter e Michael H. Weber e dirigida por Marc Webb. O filme traz Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel nos papéis principais, contando também com Chloë Grace Moretz, Geoffrey Arend e Matthew Gray Gubler. (500) Dias com Ela emprega uma estrutura narrativa não-linear, contando a história de seu protagonista masculino e seu olhar memorável de um relacionamento fracassado. O filme fez grande sucesso e recebeu diversas indicações em premiações, entre as mais notáveis a de Melhor Filme (Musical ou Comédia) e Melhor Ator (Musical ou Comédia) no Golden Globes. 

6) Henri Henri

Henri Henri | Martin Talbot | Canadá | 2014
Lançado em 2014 e dirigido por Martin Talbot, o longa é uma comédia peculiar. O elenco traz Victor Andres Turgeon-Trelles, Catherine De Sève, Sophie Desmarais e Michel Perron. O filme conta a história de um tímido órfão, Henri, que é forçado a deixar o convento onde foi criado e se encontra em um mundo completamente novo e estranho. Henri Henri recebeu seis indicações no Canandian Screen Awards e foi nomeado pelo portal francês Canoe como “uma mistura de Amélie Poulain e Forrest Gump”.


7) Micróbio e Gasolina

Microbe et Gasoil | Michel Gondry | França | 2015
Escrito e dirigido por Michel Gondry, diretor responsável por Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, "Micróbio e Gasolina"é uma comédia francesa lançada em 2015. Estrelando Théophile Baquet, Ange Dargent e Audrey Tautou, o filme conta a história de dois amigos, Micróbio (Dargent) e Gasolina (Baquet), que lidando com problemas na escola decidem sair em uma viagem pela França em um veículo com formato de casa que eles mesmo construíram. Em meio a várias aventuras, eles visitam um amor de Micróbio e um acampamento que Gasolina foi quando criança. O filme foi bem recebido pela crítica especializada. 


Bônus: Pushing Daisies

Pushing Daisies | Bryan Fuller | Estados Unidos | 2007-2009
Apesar de não ser um filme, Pushing Daisies foi uma série criada por Bryan Fuller e exibida pelo canal de televisão americano ABC de outubro de 2007 a junho de 2009, sendo cancelada após a segunda temporada. A série conta com Lee Pace, Anna Friel, Chi McBride e Kristin Chenoweth no elenco. A história é no mínimo inusitada: Ned (Pace) é um jovem confeiteiro com uma habilidade única: ele pode tocar seres mortos e trazê-los de volta à vida, mas o segundo toque mata a pessoa - ou ser - novamente. Ele usa seu poder para trazer de volta sua namorada de infância, Chuck (Friel), mas eles não nunca mais podem se tocar. A série fez muito sucesso com a crítica especializada e recebeu três indicações ao Golden Globes, mas infelizmente foi cancelada por baixa audiência.

Gostou das dicas? Recomende mais outras também!
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Naturalmente: o parto como vivência natural de uma família

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Instintivo, puro, humano. A história de um casal que teve 15 filhos em casa por meio do parto normal, a maneira mais natural para dar à luz, será contada no documentário “Naturalmente”, de Braga Ana.

O casal em questão é formado por Cleofas Bezerra e Anita Bezerra, pais de Braga Ana. Depois de seus partos, Anita começou a atuar como doula no nascimento de seus netos, também nascidos em casa, na comunidade Vila Barroló, onde vive a família.

De acordo com a diretora, a vivência com o parto natural foi a principal razão para produzir um documentário a respeito do tema. “Comecei a me interessar pelo assunto porque é realmente curioso e cheio de tabus. Sempre perguntei para minha mãe como ela se sentia nos partos, se doía, se ela não quis ir ao hospital, etc. E depois fiz as mesmas perguntas pra minha irmã e minha cunhada que também tiveram seus partos em casa”, conta Braga Ana. 

Na foto, Ana Rocha, cunhada de Braga Ana. O documentário traz a história de sua família, que mantém a tradição de realizar partos naturais




Partindo de sua experiência com a família, a diretora explica que um dos objetivos do projeto é encorajar mais mulheres a dar à luz forma natural. “Depois que tive consciência de que o parto cesariana é inferior em questões de saúde do próprio corpo e que até mesmo ter o seu filho no hospital não é a melhor opção, sendo que um ambiente familiar e aconchegante influencia e muito no nascimento do filho, tive vontade de mostrar que existe uma opção, e incentivar um número cada vez maior de partos ativos, em detrimento dos procedimentos em hospitais hoje em dia”, explica.

O trabalho da família já tem estimulado outras pessoas a fazerem o mesmo. Segundo Braga Ana, uma amiga da família e entrevistada no documentário, quis ter o filho na comunidade. “A experiência que minha mãe tem a encorajou, apesar de minha mãe deixar claro que ela não tem formação médica e que é uma experiência de vida mesmo”.

Iniciante no audiovisual, Braga Ana está atuando não só na direção, mas também filmagem e edição de “Naturalmente”. Ela foi responsável pelo registro audiovisual do projeto Cerrado Cultural, e pela gravação e edição do material de divulgação da peça teatral “Disse o Mutum”, do Bando Calça de Jornal. Para o documentário, o maior desafio está na falta de equipamentos, pois esse é seu primeiro trabalho de média duração na área do audiovisual. “Em partes, o que me desafia é também o meu forte, porque a ideia é fazer algo inusitado e sem aprovação institucional. A ideia é dar ao vídeo um toque caseiro e intimista nas filmagens dos partos. Quanto às entrevistas, pretendo deixar desenrolar ao máximo sem influência externa, contando apenas com o suporte técnico que eu precisar”.

“Naturalmente” tem previsão de ser finalizado em 2017, e conta com o auxílio técnico de Isaque Ribeiro, de Belo Horizonte, e Ofer Freiman e Jorge Gurvich, de Israel. O projeto teve financiamento coletivo pelo Catarse, e será concluído com ou sem apoio, mas segundo Braga Ana, “qualquer ajuda é bem-vinda e bem retribuída.”

Confira abaixo um pequeno vídeo sobre o documentário e entenda mais aqui.

Wes Anderson anuncia próximo filme, elenco e crowdfunding com prêmio dos sonhos

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Wes Anderson liberou ontem um vídeo contando sobre o novo projeto, seu próximo filme desde "O Grande Hotel Budapeste" (2014) e animação desde "O Fantástico Sr. Raposo" (2009). A animação em stop-motion se chamará "Isle of Dogs", ainda sem título em português (em tradução livre "Ilha dos Cachorros").

No elenco estão grandes nomes como Edward Norton, Greta Gerwig, Scarlett Johansson, Bill Murray, Tilda Swinton, Frances McDormand, Bryan Cranston, F. Murray Abraham, Yoko Ono e a lista continua (todos os nomes no vídeo).

"Rex", personagem de Edward Norton.
Em vídeo no site Crowdrise, site de crowdfunding, Wes explica a causa da arrecadação. Todo o dinheiro ganho será revertido para a The Film Foundation, ONG fundada por Martin Scorsese que preserva e restaura filmes desde 1990. A organização já trabalhou inclusive com filmes brasileiros.

Doando 10 dólares (cartão de crédito), além de concorrer a viagem com acompanhante para Londres, você tem a chance de visitar o set, conhecer o diretor, ser dirigido pelo próprio fazendo a voz de um cachorro (melhor treinar o latido) e receber um dos animais usados no stop-motion. Entre outros prêmios, estão no jogo a coleção Wes Anderson da Criterion assinada pelo diretor e o DVD e livro "The Wes Anderson Collection", também assinada pelo diretor.

Abaixo, confira o vídeo em inglês do diretor com a participação de Edward Norton.


"Isle of Dogs" ainda não tem previsão de estreia. Quem está ansioso?

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Precisamos Falar Sobre Bullying

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O bullyingé um assunto muito presente hoje em dia, mas ainda assim não é levado à sério por muitos. Principalmente na sociedade americana, o bullying é retratado em quase todos os filmes, seja ele em forma de meninas populares "malvadas" ou em um anônimo atrás de uma tela de computador. A verdade é que é um assunto que precisa ser conversado mais e merece destaque. Por isso, fizemos uma lista com alguns filmes que tratam do assunto, seja de forma séria ou descontraída.

1) Carrie, a Estranha

Carrie | Brian De Palma | 1976

Carrie é uma jovem que não possui amigas e vive em isolamento com sua mãe extremamente religiosa e conservadora. Sua ingenuidade, somada com a crueldade dos adolescentes de seu colégio, resultam em uma combinação de bullying com um desejo de vingança, evidenciando como este ato pode gerar uma atitude drástica.

Lançado pela primeira vez em 1976, o longa foi baseado no livro homônimo de Stephen King. "Carrie, a Estranha", já teve dois remakes desde seu lançamento, sendo um em 2002  - David Carson, e o mais recente, em 2013 - Kimberly Peirce -, contando com Chloë Grace Moretz e Julianne Moore no elenco. Mesmo assim, nenhum dos dois fez tanto sucesso quanto o original, que recebeu indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro. 


2) Karate Kid: A Hora da Verdade

The Karate Kid | John. G. Avildsen | 1984

Karate Kid foi um lançamento de 1984 de grande sucesso dirigido por John G. Avildsen, feito nos moldes “underdog” de seu filme anterior, Rocky. O filme conta a história de um jovem que se muda para Newark com sua mãe, e após despertar o interesse da menina mais popular da escola, começa a ser perseguido pelo ex-namorado da menina e sua gangue. Quando um mestre de karatê - o senhor Miyagi - o salva dessa gangue, ele decide aprender alutar para poder se defender, e assim descobre uma grande paixão. 


3) Meninas Malvadas

Mean Girls | Mark Waters | 2004

"Meninas Malvadas"é um filme estadunidense lançado em 2004 e dirigido por Mark Waters. O roteiro foi escrito por Tina Fey, que também atuou no longa como uma das professoras. O filme teve uma resposta extremamente positiva da crítica profissional e também do público. Talvez você pode até não ter visto o filme, mas provavelmente já ouviu muitas frases dele.

O bullying é tratado de forma leve e engraçada mas definitivamente está presente, retratando a forte segregação das meninas em escolas americanas e como a popularidadeé um grande fator na criação de bullies.


4) Deixe Ela Entrar

Låt den rätte komma in | Tomas Alfredson | 2008

Dirigido por Tomas Alfredson e baseado no livro de contos do escritor sueco John Ajvide Lindqvist, "Deixe Ela Entrar" foi lançado em 2008 e refilmado nos Estados Unidos em 2011, com o nome de Deixe-me Entrar. O longa conta a história de Oskar, um menino de 12 anos, morando no subúrbio de Estocolmo, que é extremamente solitário e é sempre provocado por outros garotos no colégio, e por mais que sinta raiva, nunca consegue se defender. Um dia, ele conhece a misteriosa jovem Eli, que revela ser sua única amiga e uma vampira. O fator "vampiresco" no filme pode ser considerado uma metáfora para a violência sofrida por Oskar.

5) Bullying Virtual

Cyberbully | Charles Binamé | 2011

O filme, lançado em 2011 apenas na televisão e dirigido por Charles Binamé, traz Emily Osment no papel de Taylor Hillridge, uma adolescente americana que ao ganhar seu primeiro computador e se juntar a uma das redes sociais mais populares entre os jovens, começa a ser alvo de cyberbullying. O longa foca nas consequências trazidas pelo bullying na vida de uma menina jovem, que podem causar isolamento, depressão e até ocasionar em uma tentativa de suicídio. O filme também mostra o quanto as redes sociais podem nos enganar e os cuidados que devem ser tomados quando  em um ambiente online. 


6) Bullying

Bully | Lee Hirsch | 2012

Lançado em 2012, o documentáriofoi dirigido por Lee Hirsch e mostra que, em 2011, cerca de 13 milhões de crianças americanas sofreram bullying. A partir desse dado, a equipe do documentário passou um ano acompanhando jovens que sofriam a agressão, seja no colégio, em casa, no bairro em que moram ou através da internet. O documentário tenta analisar a situação, não só com vítimas de bullying, mas também com praticantes, além de questionar o tabu que ainda existe em torno do assunto, levando em consideração a realidade nos Estados Unidos. 

7) Depois de Lúcia
Después de Lúcia | Michel Franco | 2012

O drama mexicano foi lançado em 2012 no Festival de Cannes, onde ganhou o prêmio mais importante da noite. Seguindo a história de um pai e uma filha após a perda da mãe, o longa mostra as dificuldades do luto e da adaptação da menina em uma nova cidade e em uma nova escola. Após ter um vídeo intimo vazado para todos do novo colégio, Alejandra começa a sofrer bullying, físico e emocional, dos colegas. O luto do pai e a vergonha da filha fazem com que os dois não se comuniquem e se afastem. 

Gostou da lista? Aproveite para sugerir outros filmes com o tema para ampliarmos o debate!

Wes Anderson dirige Adrien Brody no especial de Natal da H&M. Assista

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Se você já está com saudade de um filme do Wes Anderson (ele anunciou seu novo, veja aqui), seu curta "Come Together", especial de Natal para a marca sueca H&M, traz todo o charme do cinema do diretor. Muita cor, cenários ornamentados e planos simétricos.

Protagonizado por Adrien Brody, com quem Wes já trabalhou em três longas, o curta se passa em um trem na noite de Natal. O resto, bom... melhor assistir ele logo abaixo:


10 Filmes Sobre Viagem

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Wanderlust, ou em tradução aproximada em português, “desejo ou sede de viajar”, é uma expressão derivada do alemão. É comumente definida como um forte desejo de caminhar, de ir a qualquer lugar, viajar, explorar o mundo, o novo e o desconhecido. 

E foi com essa expressão em mente que resolvemos fazer uma lista com 10 filmes para quem também sente esse desejo, ou quem sabe fazer despertar também? Neles, as personagens exploram o desconhecido com coragem e coração aberto. Não é apenas um desejo, e sim uma necessidade física. Seja para adquirir conhecimento de mundo ou pessoal.

1. Thelma & Louise

Thelma and Louise | Ridley Scott | 1991
Lançado em 1991, Thelma e Louise é um filme dirigido por Ridley Scott, escrito por Callie Khouri e estrelado por Greena Davis - Thelma - e Susan Sarandon como Louise. O enredo traz a história de duas amigas que resolvem sair em uma “road trip” para deixar os problemas do cotidiano para trás, porém as coisas não saem como planejado e a viagem de férias que elas tinham planejado se torna uma fuga do FBI

O longa foi um sucesso crítico e comercial, recebendo seis indicações ao Oscar, levando para casa a de Melhor Roteiro Original. Foi um filme controverso, mas hoje é considerado um clássico e um marco quando o assunto são filmes feministas. Este ano o filme completou 25 anos, e a renomada revista Harper's Bazaar fez um ensaio revisitado das protagonistas na edição de maio. 


2. Trilogia Before

Before Sunrise, Before Sunset, Before Midnight | Richard Linklater | 1995 - 2013
A trilogia de Richard Linklater acompanha as paisagens de Viena, Paris e Grécia - cada um dos filmes em um ambiente, seguindo a ordem cronológica -. Nos filmes o espectador é levado à uma experiência de voyeurismo, acompanhando o amadurecimento da relação entre Celine (Julie Delpy), uma francesa, e Jesse (Ethan Hawke), um americano, que se conhecem em "Antes do Amanhecer" (1995), durante uma viagem de trem e, desde então, passam todos os filmes travando longos diálogos sobre os mais diversos assuntos enquanto passeiam pelas cidades e amadurecem juntos. A história é seguida por "Antes do Pôr do Sol", em Paris, que se passa 9 anos depois do primeiro, e finalizada com "Antes da Meia Noite", na Grécia, lançado em 2013.


3. Central do Brasil

Central do Brasil | Walter Salles | 1998
Um dos filmes brasileiros mais conhecidos mundialmente e lembrados, "Central do Brasil" traz Fernanda Montenegro e Vinícius de Oliveira no elenco, contando a história de Dora, uma funcionária da estação Central do Brasil e o menino Josué, que passa a morar na estação após a morte de sua mãe. Os dois saem em uma difícil jornada pelo Brasil atrás do pai do menino e o filme revela também as dificuldades das pessoas que migram pelo país na tentativa de conseguir uma vida melhor. O longa recebeu críticas aclamadas e chamou atenção de diversas premiações internacionais, rendendo a indicação de Melhor Atriz no Oscar para Fernanda Montenegro.


4. Diários de Motocicleta

Diários de Motocicleta | Walter Salles | 2004
Com direção de Walter Salles, Diários de Motocicleta é um drama biográfico lançado em 2004 baseado no livro de memórias escrito por Ernesto Guevara, que se tornaria conhecido mais tarde como o icônico comandante guerrilheiro marxista e revolucionário, Che Guevara. O filme narra a viagem de 1952, inicialmente de moto, por toda a América do Sul, feita por Guevara e Alberto Granado. O elenco traz o ator mexicano Gael García Bernal e o argentino Rodrigo de La Serna nos papéis dos dois amigos. O filme foi uma coprodução internacional entre Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, França, Peru e Reino Unido.


5. Na Natureza Selvagem

Into the Wild | Sean Penn | 2007
Na Natureza Selvagem é um filme biográfico escrito e dirigido por Sean Penn. O longa foi adaptado do livro de não-ficção homônimo baseado nas viagens de Christopher McCandless pela América do Norte e seu tempo no deserto do Alaska no início dos anos 90.

McCandless é interpretado por Emile Hirsh e o elenco ainda conta com William Hurt, Marcia Gay Harden, Hal Holbrook e Kristen Stewart. O filme chamou atenção de diversas premiações e teve uma recepção positiva em meio à crítica especializada. É impossível não sentir a vontade de viajar depois de acompanhar as aventuras de McCandless, que se nomeava como "Alexander Supertramp". A trilha sonora do filme conta com composições originais de Eddie Vedder, vocalista e guitarrista da banda Pearl Jam.


6. Antes de Partir 

The Bucket List | Rob Reiner | 2007
Lançado em 2007, Antes de Partir foi dirigido por Rob Reiner - Conta Comigo, Harry e Sally - e estrelada por Jack Nicholson e Morgan Freeman. O longa conta a história de dois homens completamente opostos, um mecânico e um bilionário. Porém, ambos são pacientes terminais diagnosticados com câncer de pulmão. Após algum tempo, eles acabam criando uma amizade nada convencional e decidem sair em uma viagem pelo mundo com uma lista de coisas para fazer antes de morrer. O filme recebeu críticas mistas, mas foi um grande sucesso nas bilheterias do mundo todo, superando seu orçamento de 45 milhões de dólares.


7. Up - Altas Aventuras

Up | Disney e Pixar | 2009
Lançado em 2009, Up – Altas Aventuras foi dirigido por Pete Docter e o décimo longa metragem de animação produzido pelos estúdios Pixar. O enredo conta as aventuras de Carl Fredericksen, um senhor viúvo, e Russell, um escoteiro amante da natureza. Amarrando milhares de balões à sua casa, Carl decide realizar o sonho de conhecer a América do Sul e cumprir a promessa que fez para sua falecida esposa, Ellie. Mas as coisas não saem como o planejado quando Russell se torna parte dessa jornada nada convencional. O filme foi nomeado a cinco categorias do Oscar, vencendo por Melhor Filme de Animação e Melhor Trilha Sonora Original.


8. Na Estrada

On the Road | Walter Salles | 2011
Dirigido pelo brasileiro Walter Salles, Na Estrada é um filme adaptado do romance de mesmo nome escrito por Jack Kerouac em 1957. O elenco conta com a participação de Garrett Hedlund, Sam Riley e Kristen Stewart nos papéis principais, além de trazer grandes nomes como Amy Adams e Alice Braga em papéis menores. A história é baseada nos anos em que Kerouac passou viajando pelos Estados Unidos no final dos anos 40 com seu amigo, Neal Cassady, que é a inspiração para o anti-herói do longa, Dean Moriarty, interpretado por Hedlund. A sua recepção foi mista, mas o longa estreou em festivais como a Palma de Ouro e Cannes. O filme retrata uma “road trip” recheada de conflitos, amores, drogas e jazz.


9. Tracks

Tracks | John Curran | 2013
Tracks é um filme australiano lançado em 2013 e dirigido John Curran. Baseado no livro homônimo de memórias de Robyn Davidson, o longa traz Mia Wasikowska e Adam Driver nos papéis principais. O filme conta a história de Davidson em 1977 quando ela decidiu viajar pelo deserto australiano por nove meses com seu cachorro, quatro camelos e o fotógrafo do National Geographic, Rick Smolan. Antes de finalmente ser lançado em 2013, duas outras tentativas haviam sido feitas de adaptar o livro. Em uma delas, Julia Roberts estava ligada ao projeto. Tracks recebeu críticas positivas em sua maioria, mas teve um lançamento restrito nos cinemas da América do Norte. 



10. Livre

Wild | Jean-Marc Vallée | 2014
Baseado no livro de memórias de Cheryl Strayed, ‘Livre - A Jornada de Uma Mulher Em Busca do Recomeço’, o drama biográfico foi lançado em 2014 e dirigido por Jean-Marc Vallée - Clube de Compras Dallas, Demolição -. O filme é estrelado por Reese Witherspoon e Laura Dern, e suas atuações foram tão aclamadas que renderam duas indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante. O longa conta a história de Strayed após a perda da mãe e um vício em heroína, quando a mesma decide se aventurar e escalar 1.100 milhas das 2.540 milhas da Pacific Crest Trail, nos Estados Unidos.

É impossível não sentir a vontade de viajar depois de filmes como esses, mas como já dizia José Saramago em seu livro de crônicas "Viagem a Portugal", "O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já (...). É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já. Assim é. Assim seja".
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O despertar das HQs nacionais no cinema

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Foi pouco antes das manifestações que assolaram o país em 2013 que os quadrinhos polêmicos de O Doutrinador se popularizaram na internet. O anti-herói brasileiro que mata políticos corruptos foi criado pelo designer gráfico e quadrinista Luciano Cunha em 2010 e foi relançado em 2013 como forma de protesto em relação às tensões políticas da época. Desde então, o vigilante ganhou imensa popularidade e promete usar a TV e o cinema como ferramentas para mudar o cenário dos quadrinhos nacionais.

Por vezes censurada pelo seu teor político, a HQ – que, segundo o criador, já foi barrada por ser considerada, ao mesmo tempo, de extrema direita e de extrema esquerda – não se poupa de referências à realidade brasileira. Vemos caricaturas de personalidades conhecidas, como Eduardo Cunha, Aécio Neves e Dilma Rousseff, além de histórias envolvendo grandes escândalos como o caso do helicóptero encontrado com mais de 400 quilos de cocaína em Minas Gerais. A ambiguidade do Doutrinador, que figura entre o fascismo e o anarquismo, é o que dá gás para as controvérsias que alimentam a produção.

HQ brasileira de Luciano Cunha será adaptada para os cinema em 2018

Um dos principais objetivos da editora Guará Entretenimento, responsável pelo anti-herói, é um futuro transmidiático para as HQs brasileiras. A ambição da editora já colheu bons frutos. Além de duas séries televisivas – uma animada e uma live-action – para o canal Space, O Doutrinador já tem planejado um filme em parceria com a Paris Filmes e a Downtown Filmes com previsão de lançamento para 2018.

Roteirizada por Gabriel Wainer e dirigida por Afonso Poyart, responsável por 2 Coelhos, a produção ainda está em suas etapas iniciais, mas já representa uma abertura de precedentes para próximas adaptações. Apesar de ser uma ideia a longo prazo, Wainer e Cunha não negam o desejo de criar um universo cinematográfico, como as gigantes dos quadrinhos internacionais, e não excluem a possibilidade da aparição de outros heróis brasileiros em O Doutrinador. E tem mais: os olhos dos produtores não estão voltados apenas para o futuro. Reviver super-heróis esquecidos dos quadrinhos brasileiros, como o Anjo e o Judoka, também fazem parte dos planos.

O Doutrinador representa uma reviravolta nas produções brasileiras voltadas para este cunho
O Doutrinador vai ser a primeira produção desse cunho há quase 70 anos, sendo o primeiro super-herói nacional a alcançar o mercado audiovisual desde a série Capitão 7 exibida pela TV Record, em 1954. Independente das polêmicas que o anti-herói suscita, a produção representa uma reviravolta favorável para os quadrinistas brasileiros que vivem em um cenário onde só a Turma da Mônica conseguiu prevalecer com o tempo.


7 Curiosidades Sobre Carrie Fisher

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Aos 60 anos, Carrie Fisher morreu afogada na luz do luar e estrangulada pelo seu próprio sutiã. A atriz será eternamente lembrada pelo seu papel feroz na pele da Princesa Leia, general subversiva e rebelde da clássica franquia Star Wars. Mãe, escritora e ativista, o legado de Fisher vai muito além do sex symbol e do ícone da cultura pop que ela se tornou através de Leia. Separamos algumas curiosidades para homenagear essa atriz querida que vai deixar saudades. Confira:


1. Obituário

A verdadeira causa da morte da atriz foi um infarto sofrido durante um voo, mas não era isso que Carrie Fisher queria que os jornais dissessem.  Em seu livro autobiográfico, Wishful Drinking, a atriz escreve que queria que seu obituário fosse “afogada na luz do luar, estrangulada pelo próprio sutiã”. A explicação para a brincadeira é que George Lucas não deixou a atriz usar sutiã por baixo do famoso vestido branco da Princesa Leia no primeiro filme da franquia Star Wars, o episódio IV - Uma Nova Esperança (A New Hope, 1977). Quando questionado pela atriz, Lucas respondeu que “no espaço não há roupa íntima”, já que seu corpo se expandiria e suas roupas não.

2. Família

Carrie nasceu de uma família de estrelas. Seu pai era Eddie Fisher, cantor da década de 50 famoso por músicas como “Oh my pa-pa”. Já sua mãe é ninguém menos que a atriz Debbie Reynolds, renomada por filmes como Cantando na Chuva (1952) e A Flor do Pântano (1957). Como era de se esperar, crescendo em uma família famosa, a vida pessoal de Carrie foi marcada por muitos escândalos. Talvez o maior deles seja o divórcio de seus pais que culminou em Elizabeth Taylor sendo sua madrasta.


3.  Paul Simon

O primeiro casamento da atriz e um de seus grandes amores foi o cantor Paul Simon, da dupla Simon & Garfunkel, conhecida por canções como "The Sound of Silence" e "Mrs. Robinson". A união conturbada durou oficialmente seis anos, mas os dois mantiveram relações amorosas fora do casamento por quase o dobro desse tempo. Várias músicas da carreira solo do cantor são inspiradas em Fisher, entre elas, “She Moves On”, “Allergies” e “Hearts and Bones”.

4. Carreira como escritora

Fisher escreveu, ao todo, oito livros– cinco ficções e três autobiografias. Seus principais sucessos como escritora foram: o bem humorado "Wishful Drinking", que posteriormente foi transformado em um show de stand-up transmitido pela HBO; "Surrender the Pink" que quase virou um filme produzido por Steven Spielberg; e o semibiográfico Lembranças de Hollywood, que, em 1990, ganhou uma adaptação protagonizada por Meryl Streep e com texto adaptado pela própria Carrie.

5. “Médica de roteiros”

Carrie Fisher nos bastidores da franquia Star Wars

Fisher criou renome em Hollywood como uma script doctor–  termo designado para consultores de roteiro que poucas vezes são creditados. Nessa função, a atriz ajustou filmes como Hook: A Volta do Capitão Gancho (1991), Mudança de Hábito (1992), Segredos do Coração (1994) e Epidemia (1995). Inclusive, ela mesma escreveu a sua breve participação no filme Pânico 3 (2000). George Lucas, criador e diretor de Star Wars, chegou a contratar a atriz para fazer ajustes nos diálogos da segunda trilogia da franquia, lançada entre 1991 e 2005.

6. Papéis recusados

Brooke Shields no papel principal de A Lagoa Azul que foi recusado por Carrie Fisher
Se os papéis feitos pela atriz foram marcantes, os que ela recusou também seriam. Entre eles estão a protagonista de "A Lagoa Azul" (1980) e Sarah Connor na famosa franquia "O Exterminador do Futuro". Além disso, Carrie era o sonho do autor do clássico cult "A Princesa Prometida" (1987) para o papel principal da adaptação – mas este não chegou nem a ser oferecido para a atriz.

7. Porta-voz sobre saúde mental



Carrie Fisher sempre falou abertamente de sua saúde mental e de sua dependência química - e esse é o maior legado da atriz fora do cinema. Durante sua carreira, a atriz foi viciada em cocaína e diagnosticada com transtorno bipolar. O assunto era um tabu na época e Fisher gerou polêmica ao se tornar ativista e porta-voz de campanhas para conscientização sobre doenças psicológicas. Sua última coluna para o jornal The Guardian foi uma resposta a um leitor com problemas para lidar com seu transtorno bipolar.


Bônus:  Irreverência

Carrie Fisher e seu cachorro Gary
Talvez uma das características mais marcantes de Carrie Fisher seja, de fato, a irreverência. Não precisa ir muito longe para comprovar isso, basta olhar nas redes sociais da atriz. No Twitter, por exemplo, seus últimos posts são compostos inteiramente de emojis e até seu amado cachorrinho Gary tinha um perfil - que provavelmente continuará ativo sob a guarda de Billie, a filha da atriz. Muito além disso, Fisher ficou conhecida pelo seu senso de humor sem pudores, ainda mais quando o assunto era o seu passado conturbado. Uma das frases que abre sua peça autobiográfica é justamente sobre isso: “Se a vida não fosse engraçada, ela seria apenas verdadeira, e isso é inaceitável.”

A morte de Carrie abalou Hollywood, mas os fãs de Star Wars ainda vão poder dar um último adeus para a atriz. Ela concluiu suas gravações para o oitavo episódio da franquia e, segundo rumores, ela terá um papel importante para o desenrolar da trama. Até lá, que a Força esteja com ela, sua família e seus fãs!
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Os 15 melhores filmes que se passam em tempo real

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Tempo real” é universalmente definido como o método de narrativa em que os eventos cinematográficos acontecem simultaneamente com a experiência dos espectadores. Por exemplo, se um filme que é rodado em tempo real tem duas horas de duração, o enredo desse filme vai ter duas horas de tempo ficcional. 

Essa técnica pode ser reforçada com a variação dos níveis de precisão. Em alguns programas de televisão, como 24 Horas (2001-2010), todo minuto em tela era um minuto de tempo ficcional. Em outras histórias, cada pedaço de tempo não necessariamente traduz-se em um novo dia fictício, mas cada ano corresponde a um ano de tempo fictício. 

Tempo real é uma técnica antiga em origem, datado da época da estrutura do drama grego clássico. No cinema, a técnica possibilita que os diretores experimentem vários conceitos. Se o diretor tem o desejo de emocionar o público ou transmitir conceitos abstratos como o amor, o tempo real é o melhor método em que o público pode entender o conceito dessas ideias.

Ao longo da história do cinema, vários filmes utilizaram a técnica de tempo real. Os 15 filmes listados abaixo são ótimos exemplos desse método. A lista mostra como no curso de 60 anos os diretores que, inicialmente, utilizaram esse método como uma ferramenta de entusiasmo, acabaram subsequentemente transformando a técnica para criar filmes mais experimentais e guiados por personagens. Confira:


15. Tempo Esgotado

Nick of Time | Estados Unidos | John Badham | 1995

Tempo Esgotado pode não ser um dos melhores filmes já feitos, mas é um suspense político que toca a superfície de vários problema. O longa, entretanto, se desvia das técnicas convencionais de tempo real através de sequências de sonhos e câmera lenta.

O filme pode ser considerado divertido, especialmente quando o público testemunha o protagonista, Gene Watson (Johnny Depp), tentar assassinar o Sr. Smith (Christopher Walken). Ainda assim, é a técnica de tempo real que classifica Tempo Esgotado como um filme memorável.

14. Timecode

Timecode | Mike Figgis | Estados Unidos | 2000

Timecode merece o título de um dos filmes mais experimentais de todos os tempos. Ele foi construído a partir de 4 takes contínuos de 90 minutos, filmados simultaneamente por quatro cinegrafistas - isso foi alcançado pela tela dividida em quatro, e as quatro cenas foram mostradas simultaneamente -.

É necessário assistir ao filme pelo menos quatro vezes antes de conseguir entendê-lo, mas o espectador terá que assistir ainda mais vezes para enxergar as conexões entre as histórias, e depois mais algumas para entender como Mike Figgis conseguiu dirigir essa obra.

Como Timecode é feito de quatro longos takes sem cortes, é obviamente um filme em tempo real. A técnica e a tela dividida em quatro possibilitam que o espectador tenha uma visão onisciente de um grupo de pessoas lidando com problemas amorosos. É apenas por causa dessas técnicas experimentais que percebemos o quão difícil e complexa é a vida. 


13. Amargo Reencontro

Tape | Richard Linklater | Estados Unidos | 2001



Um quarto, dois homens e uma mulher: isso é suficiente para Richard Linklater fazer um dos melhores filmes de tempo real de todos os tempos. Em duas horas, o público observa três personagens discutirem sobre um estupro, e também a complexidade do amor e suas várias definições.

Em Amargo Reencontro, Linklater lida com conceitos como amizade, perdão e vingança. O filme também retrata como o entendimento das pessoas sobre o outro é limitado, e é por isso que o longa é feito em apenas um quarto. Finalmente, o filme representa como a vida de alguém pode mudar no período de duas horas, que é a razão pela qual o filme é em tempo real. 


12. Corra Lola, Corra

Lola Rennt | Alemanha | Tom Tykwer | 1998

Um dos filmes mais inovadores na história do cinema é Corra Lola, Corra, dirigido por Tom Tykwer. O longa é simples: Lola (Franka Potente) tem vinte minutos para dar dinheiro ao seu namorado (Moritz Bleibtreu) antes que ele assalte um supermercado, senão ele morrerá.

Tykwer apresenta três possibilidades para Lola completar sua tarefa e o público pode escolher uma opção baseada na ideologia de cada história, narrada em tempo real. Usando a técnica de tempo real, Tykwer demonstra como a vida é maravilhosa e como várias possibilidades estão logo na esquina, esperando por todos. 


11. Limite de Segurança

Fail-Safe | Estados Unidos | Sidney Lumet | 1964

Limite de Segurança, dirigido por Sidney Lumet, é um dos filmes de guerra mais esquecido e negligenciado, porque perdeu no box office de “guerra” para "Dr. Fantástico"(1964). Limite de Segurança narra a história do acidental ataque nuclear dos Estados Unidos em solo soviético. Diferentemente de Dr. Fantástico, não existe sátira nesse filme.

Henry Fonda e Walter Matthau tiveram ótimas atuação no longa, quando o espectador experimenta a ameaça da extinção da humanidade e a ansiedade subsequente das autoridades de alto escalão. O espectador entende completamente essa situação infernal graças ao uso calculado, do diretor, da técnica de tempo real. 


10. A Armadilha

The Set-Up | Robert Wise | Estados Unidos | 1949

Um dos melhores filmes noir de todos os tempos, "A Armadilha" conta a história de Stoker Thompson (Robert Ryan), um ex-boxeador de 35 anos. Tiny (George Tobias), empresário de Stoker, está certo de que ele vai continuar perdendo lutas, então ele pega dinheiro para um “mergulho” com um mafioso e não conta para o boxeador sobre a armação. 

O filme mergulha profundamente no submundo do boxe. A maravilhosa cinematografia de Milton R. Krasner e a boa direção de Robert Wise faz desse um dos melhores filmes de boxe até hoje. O uso da técnica de tempo real do diretor não faz só o público agarrar o assento como também enfatiza o destino sombrio do protagonista.


9. Voo United 93

United 93 | Estados Unidos | Paul Greengrass | 2006

Esse sombrio, porém, emocionante filme, conta os eventos a bordo do voo 93 da United Airlines, que foi sequestrado durante os ataques terroristas do 11 de setembro. O diretor, Paul Greengrass, aplica meticulosamente duas técnicas para demonstrar a tensão e o paradeiro dos comissários de bordo. O filme é feito em estilo documentário, mas o espectador acredita em tudo o que vê e o diretor utiliza a técnica de tempo real para representar os encontros traumáticos dos comissários de bordo.

Como resultado da sabedoria de Greengrass, Voo United 93 é um dos melhores filmes sobre o 11 de setembro. O diretor, de maneira muito credível, retrata o trauma de ser refém por duas horas em um avião sequestrado. A cena do acidente no final do filme é devastadora e mostra que não há uma saída na vida real. 


8. Antes do Pôr do Sol

Before Sunset | Richard Linklater | Estados Unidos | 2004

O segundo filme de Richard Linklater nessa lista é o segundo da sua Trilogia Before. Esse filme foi dirigido nove anos depois de Antes do Amanhecer (1995), em que um jovem americano, Jesse (Ethan Hawke), e uma jovem francesa, Celine (July Delpy), se conhecem em um trem e passam uma noite em Viena. 

Em Antes do Pôr do Sol, os dois amantes se encontram novamente, por acaso, a caminho de Paris. Jesse tem pouco mais de uma hora para pegar um avião, mas quando vê Celine, eles vagam pelas ruas de Paris juntos. O amor que dá forma ao seu breve primeiro encontro em Antes do Amanhecer cresce nesse filme. 

O espectador segue os amantes enquanto eles discutem sobre a vida, amor e casamento; os dois são observados pelo público em tempo real, então não existe nenhum tipo de desconexão de diálogo. Como o conceito de amor é integral nesse filme, qualquer palavra – falada ou não – é importante. Linklater aplica a técnica de tempo real não somente para intensificar cada momento, mas também para capturar a essência do amor verdadeiro


7. Um Dia de Cão

Dog Day Afternoon | Sidney Lumet | Estados Unidos | 1975

Um Dia de Cão é outro filme nessa lista dirigido por Sidney Lumet. É aparente que o diretor gostava muito da técnica de tempo real. Essa obra prima continua memorável pelas ótimas performances de Al Pacino, John Cazale, Charles Durning, Chris Saradon, Penelope Allen, James Broderick, Lance Henriksen e Carol Kane. Na verdade, porém, a técnica de tempo real perpetua a batalha com o tempo de Um Dia de Cão. 

Inspirado pelo artigo “The Boys in the Bank” de Thomas Moore e P.F. Kluge, Um Dia de Cão é a história do trapaceiro iniciante Sonny Wortzik (Al Pacino), seu amigo Salvatore “Sal” Naturale (John Cazale) e Stevie (Gary Springer), que tentam assaltar o First Brooklyn Saving Bank. A técnica de tempo real revela oestilo documentário do filme, que ajuda o público a visualizar a tensão e os problemas que os Estados Unidos estavam sofrendo nos anos 70. 


6. Meu Jantar com André

My Dinner with Andre | Louis Malle | Estados Unidos | 1981

No final da década de 70 em Nova York, dois homens em um café discutem sobre vida, existência e teatro. Embora esse cenário não seja nada novo e não pareça tão interessante, o filme de 1981 de Louis Malle é ao mesmo tempo engraçado e provocativo.

O esperto diálogo entre os dois protagonistas, Andre Gregory (ele mesmo) e Wallace Shawn (ele mesmo), e a técnica de tempo real representam as similaridades entre cinema e teatro. A conexão lógica entre tempo real e uma narrativa atraente é parcialmente porque Gregory é um antigo ator de teatro; assim, é simples para o espectador testemunhar uma simples, mas profunda, história de dois homens conversando em uma mesa de jantar. 


5. Matar ou Morrer

High Noon | Fred Zinnemann | Estados Unidos | 1952

Matar ou Morrer é certamente o melhor filme de faroeste de todos os tempos. Dirigido pelo habilidoso Fred Zinnemann, o longa conta a história de Will Kane (Gary Cooper) – o xerife de longa data de Hadleyville, território do Novo México – que entrega seu distintivo, se casa com uma pacifista, Amy Fowler (Grace Kelly) e pretende se tornar um comerciante em outro lugar. De repente, a cidade descobre que Frank Miller (Ian MacDonald), um criminoso que Kane prendeu, vai chegar no trem do meio-dia. 

É quase impossível imaginar que Matar ou Morrer poderia ser feito de outro jeito que não fosse em tempo real. A chegada de inimigos é certa, e Will Kane tem apenas duas horas para decidir sobre o seu futuro e quem são seus amigos de verdade. O espectador nunca esquecerá o duelo final. Alguém sempre irá olhar para o relógio para ver o quão rápido o tempo passou. Embora pareça pouco tempo, muito ainda precisa ser conquistado!


4. Arca Russa

Russian Ark | Alexander Sokurov | Rússia | Alemanha | Canadá | Finlândia | 2002

Arca Russa é um experimento de uma vida toda. O filme – filmado em um take contínuo, com uma câmera que se move vagarosamente pelo Museu Hermitage de São Petersburgo – contém mais de 2000 atores e narra a história de 300 anos de São Petersburgo em 96 minutos. O longa quebra padrões quando o narrador “morto” conversa com o público. Por fim, mas não menos importante, o filme acontece em tempo real, como se o espectador fosse um visitante do museu, passeando pelos corredores e se familiarizando com a história da cidade. 

O risco experimental de Arca Russa é tão alto que não se pode ignorar. Embora, sem surpresa, o filme tenha sido uma sensação internacional e tenha participado em vários festivais de cinema, incluindo Cannes. Além disso, o uso de tempo real feito pelo diretor não é somente para colocar o espectador dentro do museu. Na verdade, o filme também contém uma função filosófica: história é contínua. Embora, se o público deve aprender uma lição histórica, talvez seja para ver a história sem nenhuma interrupção.


3. 12 Homens e Uma Sentença

12 Angry Men | Sidney Lumet | Estados Unidos | 1957

Parece que destino e a técnica de tempo real são inseparáveis. Na obra prima de Sidney Lumet, doze membros do júri devem decidir a culpa ou inocência de um réu utilizando a base de dúvida razoável. O filme sempre foi elogiado pelas ótimas performances dos atores, sendo os mais notáveis Henry Fonda e Lee J. Cobb. Foi indicado para o Academy Awards nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado. 

Entretanto, pode-se ou não ser percebido que o filme se passa e é narrado em tempo real; como, então, o uso da técnica pelo diretor é importante? Assistindo ao filme, o público sente como se estivesse no lugar dos membros do júri. O filme força o espectador a virar um “voyeur”, quando ele sente a tensão de decidir o destino de uma pessoa. Porém, 12 Homens e Uma Sentença é mais efetivo que outros tipos de dramas de tribunal por ser narrado em tempo real.


2. Festim Diabólico

Rope | Alfred Hitchcock | Estados Unidos | 1948

Um dos filmes mais inovadores de Alfred Hitchcock, Festim Diabólico se passa em tempo real, e é claro, o filme consiste de dez longos takes. O longa é sobre dois brilhantes esteticistas – Brandon Shaw (Dall) e Phillip Morgan (Granger) – que, em seu próprio apartamento, estrangulam um antigo colega de classe, David Kentley (Dick Hogan). Eles cometem o crime como um exercício intelectual; querem provar a sua superioridade ao cometerem o “assassinato perfeito”.

Depois de seis décadas, Festim Diabólico ainda é um filme atual, e é possível apreciar a maneira como Hitchcock eliminou a edição com seu mise-en-scène. Entretanto, é a técnica de tempo real que acrescenta emoção e suspense ao filme. 


1. Cléo das 5 às 7

Cléo de 5 à 7 | Agnès Varda | França | Itália | 1962

O filme inovador e desobediente de Agnès Varda narra a história de uma menina, a cantora Cléo, esperando pelos resultados de exames médicos. Varda apresenta duas horas da vida de Cléo, e como qualquer outro filme da Nova Onda Francesa (French New Wave), Cléo das 5 às 7 é cheio de longos diálogos sobre vida, morte, esperança e desespero. Varda enfatiza o tempo real do filme ao dividi-lo em vários capítulos que duram poucos minutos cada. 

Em aproximadamente duas horas, o público experimenta como a vida normal “preta e branca” na França contemporânea (anos 60) e a experiência individual depende de como é percebida. Varda descreve distintamente esse conceito no curta (estrelando Jean-Luc Godard e Anna Karina) que Cléo assiste em um cinema. O filme é uma íntima representação da vida de uma mulher, e a técnica de tempo real repetidamente lembra ao público das esperanças e preocupações dela.

Essa lista foi traduzida do site Taste of Cinema, para ler o artigo original, acesse este link.
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7 curiosidades sobre Festim Diabólico, de Hitchcock

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Dois jovens buscando provar que conseguem executar o crime perfeito. É difícil fazer uma sinopse de Festim Diabólico - "Rope", em inglês -  sem dar um spoiler. Considerada uma das grandes obras do mestre do suspense Alfred Hitchcock, o filme faz jus à sua fama devido ao uso de planos sequência extremamente bem executados. O longa conta ainda com a presença do talentoso James Stewart, grande parceiro de Hitchcock em seus filmes.  Confira abaixo 7 curiosidades sobre o filme:

1) Parece mas não é


Diferente do que a maioria pensa, o filme não é todo feito em um só plano sequência. Apesar de ser filmado para parecer uma única longa tomada, é apenas uma simulação. Até mesmo por questões como limitações da tecnologia da época: os rolos de filme não eram capazes de gravar um filme inteiro. "Festim Diabólico"é composto de 10 planos sequência, que variam de takes de quatro minutos e meio a takes de pouco mais de dez minutos. para passar o efeito de que não houveram cortes durante as filmagens, o diretor trocava o rolo focando nos ternos dos personagens ou em fundos escuros. Você pode conferir todos os cortes neste vídeo.

2) O primeiro filme colorido de Hitchcock


Alfred Hitchcock começou sua carreira cinematográfica desenhando cenários na Inglaterra, em meados da década de 20. Seus filmes "A Dama Oculta" (1938) e "A Estalagem Maldita" (1939) fizeram grande sucesso entre os britânicos e trouxeram fama para o diretor nos EUA. Em 40, Hitchcock foi convidado para trabalhar em Hollywood com sua primeira grande produção: "Rebecca, A Mulher Inesquecível" (1940). Mas foi somente em 1948, com "Festim Diabólico", que o mestre do suspense filmou seu primeiro longa em cores.

3) Equipe unida


Para garantir o sucesso dos planos sequência, todos no set - elenco e técnicos -, deram seu máximo para evitar erros, assim a tomada não precisaria ser feita toda do começo. Isso incluía evitar tropeçar nos cabos colocados por todo o espaço e não errar suas falas, claro. Em uma certa gravação, o dolly da câmera passou por cima e quebrou o pé de um cameraman. Para continuar as filmagens sem interrupção, o homem foi amordaçado e arrastado para fora do set para não gritar durante a cena. Em outro momento, uma mulher tinha que colocar um copo na mesa, mas erra. Um dos técnicos se apressou para pegá-lo antes que ele caísse no chão. Ambas cenas foram utilizadas no corte final. 

4) Perdido


Festim Diabólico fez parte dos “5 filmes perdidos de Hitchcock”. O longa esteve inacessível ao público durante anos, porque o diretor comprou de volta os direitos para deixar de legado para sua filha, Patricia Hitchcock. Os títulos ganharam esse apelido e só se tornaram acessíveis novamente em 1984 quando foram relançados nos cinemas. Os outro quatro filmes são: "Janela Indiscreta" (1954), "O Terceiro Tiro" (1955), "O Homem Que Sabia Demais" (1956) e "Um Corpo Que Cai" (1958).


5) Tudo dentro do estúdio


Tirando a abertura com os créditos iniciais, o filme todo foi gravado em um mesmo ambiente, que é o apartamento dos personagens Brandon e Phillip. Até mesmo as nuvens vistas pela janela são feitas de fibra de vidro. A maioria dos adereços, e até mesmo algumas das paredes do apartamento, tiveram que ser movidas pela equipe, indo e voltando para sua posição durante as filmagens, possibilitando que as câmeras se movessem em torno do recinto.


6) Baseado em uma história real

Embora "Festim Diabólico" tenha sido baseado na peça teatral homônima de Patrick Hamilton, a história também foi baseada em um assassinato cometido por dois estudantes, Nathan Leopold e Richard Loeb, da Universidade de Chicago. A história real também inspirou os filmes "Estranha Compulsão" (1959) e "Swoon - Colapso do Desejo" (1992). 

7) O famoso cameo


Sempre fazendo pontinhas em seus filmes, o diretor já era aguardado pelo público nesse quesito. Mas como essa obra em questão se passa inteiramente em só espaço, sua aparição é muito sutil: ele aparece andando pela rua durante os créditos iniciais.

Gostou de conhecer algumas curiosidades do filme? Deixe sua opinião nos comentários!

10 grandes filmes influenciados por David Bowie

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A vida de David Bowie sempre esteve cercada pelo cinema, e não é de se surpreender que ele tenha se aventurado pelas telonas. Seu primeiro grande sucesso, o clássico “Space Oddity”, teve como principal inspiração 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick. Além disso, o filho do cantor é ninguém menos que o famoso diretor Duncan Jones, responsável por filmes como Lunar (2009) e Warcraft (2016).

Assim como sua discografia, a filmografia de Bowie inclui os gêneros mais variados. Os filmes nos quais participou vão desde dramas aclamados como A Última Tentação de Cristo (1988), de Martin Scorcese, e Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (1992), de David Lynch, até comédias como Zoolander (2001), de Ben Stiller. Seu personagem mais conhecido é com certeza Jareth, o Rei dos Duendes no clássico Labirinto – A Magia do Tempo (1986). 

No entanto, David Bowie deixou um legado no cinema que extrapola suas atuações. Nessa lista separamos alguns filmes que sofreram influência, direta ou indireta, dessa lenda da música e da cultura mundial:


1) O Homem que Caiu Na Terra

The Man Who Fell the Earth | Nicolas Roeg | Reino Unido | 1976

Bowie foi uma grande influência para sua própria estreia nas telonas. Nicolas Roeg viu no cantor o ator ideal para dar vida ao deslocado alienígena humanoide Thomas Jerome Newton. Mesmo com um severo vício em cocaína na época, o astro demonstrou grande empenho na realização do filme e ainda escreveu pequenos contos e várias músicas nos intervalos das gravações. Ele pretendia que essas canções fizessem parte da trilha sonora do filme, no entanto, elas acabaram sendo lançadas no seu álbum Low, de 1977.

2. Orlando – A Mulher Imortal

Orlando | Sally Potter | Reino Unido | 1992

A androginia característica da carreira de Bowie se expressa com força na pele de Tilda Swinton ao protagonizar essa aclamada adaptação do romance de Virginia Woolf. Esse não é o único filme da atriz com influência do cantor. Em 1987, ela fez o papel principal do drama independente “Crepúsculo do Caos”. Segundo rumores, o filme teria sido fruto de uma reciclagem de ideias que o diretor Derek Jarman usaria num projeto em parceria com o astro, mas que nunca saiu do papel.


3. Trainspotting – Sem Limites

Trainspotting | Danny Boyle | Reino Unido | 1991

A partir de certo ponto de sua carreira, David Bowie ficou conhecido por levar uma vida reclusa e isso incluía negar performances e o uso de suas músicas. Se teve alguém que sofreu com isso foi seu fã, o diretor Danny Boyle.Em entrevista, o britânico revelou que Bowie foi uma das maiores influências para a sua renomada adaptação do livro Trainspotting, de Irvine Welsh, e até queria incluir uma de suas músicas na trilha sonora, no entanto não conseguiu autorização. Anos mais tarde, Boyle dirigiu a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres e convidou o cantor para se apresentar, mas ele recusou a proposta. Recentemente, o diretor revelou ao jornal The Guardian que teve que cancelar seus planos de um filme biográfico de David Bowie por ainda não conseguir os direitos de uso de suas músicas.


4. Velvet Goldmine

Velvet Goldmine | Todd Haynes | EUA, Reino Unido | 1998

Levando consigo uma música de Bowie como título, o drama musical de Haynes é uma espécie de filme biográfico. Seguindo a carreira do excêntrico astro Brian Slade, interpretado por Jonathan Rhys Meyers, o longa-metragem é um tributo ao glam rock dos anos 70, com personagens inspirados em várias lendas da música como Brian Eno, Lou Reed e Iggy Pop. A trilha sonora é regada de versões de clássicos da época e, curiosamente, só apresenta uma música de David Bowie: a mesma que dá nome ao filme e que é tocada apenas nos créditos finais.


5. Moulin Rouge! – Amor em Vermelho

Moulin Rouge! | Baz Luhrmann | EUA | 2001

Para alguns críticos, as características artísticas metamórficas do Camaleão do Rock são uma influência constante na obra de Baz Luhrmann, em especial na chamada Trilogia da Cortina Vermelha. Vem Dançar Comigo (1992), Romeu + Julieta (1996) e Moulin Rouge! (2001), apesar de não terem narrativas interligadas, apresentam a natureza artística teatral que fez a fama do diretor. O trágico musical encerra essa série de filmes com chave de ouro. Além de ter tido oito indicações ao Oscar e ser um sucesso popular, o filme conta com o próprio cantor na trilha sonora regravando  a música "Nature Boy", um clássico do jazz norte-americano.

6. A Vida Marinha de Steve Zissou

The Life Aquatic with Steve Zissou | Wes Anderson | EUA | 2004

Olha o Brasil aí! Seu Jorgeé o responsável pela trilha sonora desse filme, que é composta exclusivamente de versões em português de grandes clássicos de David Bowie. Wes Anderson chamou o cantor brasileiro para participar da produção após ver sua participação no filme Cidade de Deus (2002). Para adaptar ao nosso idioma, Seu Jorge fez algumas mudanças nas letras e chegou a ganhar um elogio do próprio David. Em uma entrevista, o britânico disse que “se Seu Jorge não tivesse gravado minhas músicas em português, eu nunca teria ouvido algo com o grande nível de beleza que ele colocou nelas”.

7. C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor

C.R.A.Z.Y. | Jean-Marc Vallée | Canadá | 2005

Filmes de baixo orçamento poucas vezes se dão ao luxo de uma trilha sonora repleta de clássicos. No entanto, nesse drama adolescente as músicas são parte importante para a construção da narrativa. Não se sabe o valor ao certo, mas uma quantia considerável do orçamento de 6,5 milhões de dólares foi destinada para a compra dos direitos de grandes sucessos musicais, indo desde Pink Floyd até Elvis Presley. Na história, David Bowie é um dos ídolos do protagonista Zac (Marc-André Grondin) e o estilo excêntrico e andrógeno esbanjado pelo cantor é um símbolo para a batalha do próprio personagem contra o conservadorismo da sociedade canadense na década de 70. O filme rendeu uma linda sequência de cenas ao som do sucesso "Space Oddity".


8. Constantine

Constantine | Francis Lawrence | EUA | 2005

A influência de Bowie em Constantine não foi concretizada na adaptação para os cinemas, porém ela ainda está lá só pelo fato do personagem Lúcifer aparecer. O escritor e quadrinista Neil Gaiman, ao criar esse personagem nas revistas em quadrinhos, pediu para que ele sempre fosse desenhado para se assemelhar ao cantor britânico. Na adaptação cinematográfica de Lawrence, as características físicas do desenho infelizmente não foram seguidas e o papel foi para o ator Peter Stormare.

9. A Vida Secreta de Walter Mitty

The Secret Life of Walter Mitty | Ben Stiller | EUA | 2013

Doze anos antes, Ben Stiller já tinha trabalhado diretamente com o cantor na sua comédia de grande sucesso, Zoolander (2001). Em Walter Mitty, as referências à lenda do rock estão por toda parte. Interpretado pelo próprio diretor, Walter é apelidado de “Major Tom” pelo seu chefe, uma referência ao astronauta fictício e alter-ego criado por Bowie em suas músicas. Além disso, um dos momentos mais marcantes do filme é quando a personagem de Kristen Wiig canta o clássico “Space Oddity”. Stiller justificou a escolha da música para a cena dizendo que ela refletia perfeitamente a essência do enredo e do protagonista. 


10. Califórnia

Califórnia | Marina Person | Brasil | 2015

Ambientada em uma São Paulo dos anos 80, essa produção nacional é uma história das descobertas de uma juventude reprimida não só no aspecto individual quanto político. Sem surpresas, David Bowie é uma presença marcante nessa saudosa estreia de Marina Person na ficção. Estela, vivida por Clara Gallo, tem apenas dois grandes ídolos em sua vida: o seu tio jornalista que mora na Califórnia e o próprio Bowie. As referências ao cantor são das mais sutis, como o raio estampado na calça da protagonista, até as mais descaradas, como quando ela canta alguns versos da canção “Five Years” já nos primeiros minutos de filme.


Bônus: vários filmes de Ridley Scott



Bowie e Scott são parceiros de longa data: na década de 60 os dois trabalharam juntos em um comercial de sorvete para a TV. Desde então, a aura do cantor britânico sempre esteve em algumas produções do renomado diretor. Na sua famosa ficção científica, Blade Runner (1982), a data de ativação do replicante Roy Batty (Rutger Hauer) coincide com o aniversário de Bowie: 8 de janeiro. Isso inspirou inúmeras teorias de fãs ligando o enredo do filme com a carreira do cantor.

Já em Prometheus (2012), Michael Fassbender buscou inspiração no alienígena de O Homem que Caiu na Terra (1976) para interpretar o androide David. Além do nome, a aparência física do personagem foi criada para se assemelhar com a lenda do rock. Mais recentemente, Perdido em Marte (2015) apresentou um enredo semelhante ao do astronauta Major Tom criado pelo astro britânico. O filme também  conta com a canção “Starman” em uma das cenas do protagonista de Matt Damon no planeta vermelho.

La La Land, de Damien Chazelle, lidera indicações do Oscar 2017. Confira a lista completa.

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Foi anunciado nesta terça-feira (24/01) os indicados à 89ª edição do Oscar, premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Quebrando a tradição de divulgar os nomes para uma plateia  de jornalistas no Goldwyn Theater, em Beverly Hills, a Academia optou este ano por liberar por streaming ao vivo, no site Oscars.org, e transmissão via satélie para emissoras locais dos EUA.

Os atores Jennifer Hudson, Brie Larson e Ken Watanabe, o cineasta Jason Reitman e o diretor de fotografia Emmanuel Lubezki anunciaram os nomes ao lado da presidente da Academia de Hollywood, Cheryl-Boone Isaacs. O musical "La La Land" igual o recorde de "Titanic" e "A Malvada", conquistando 14 indicações em 13 categorias. Confira abaixo a lista completa dos indicados nas 24 categorias:

Melhor Filme

A Chegada
Até o Último Homem
Estrelas Além do Tempo
Fences
Moonlight: Sob a Luz do Luar
Lion: Uma Jornada Para Casa
La La Land - Cantando Estações
Manchester à Beira Mar
A Qualquer Custo

Melhor Diretor

Damien Chazelle (La La Land)
Kenneth Lonergan (Manchester)
Barry Jenkins (Moonlight)
Mel Gibson (Até o Último Homem)
Dennis Villeneuve (A Chegada)

Melhor Atriz

Emma Stone (La La Land)
Isabelle Huppert (Elle)
Natalie Portman (Jackie)
Meryl Streep (Florence: Quem É Essa Mulher?)
Ruth Negga (Loving)

Melhor Ator

Casey Affleck (Manchester)
Ryan Gosling (La La Land)
Andrew Garfield (Até o Último Homem)
Viggo Mortensen (Capitão Fantástico)
Denzel Washington (Fences)


Melhor Atriz Coadjuvante

Octavia Spencer (Estrelas Além do Tempo)
Michelle Williams (Manchester)
Nicole Kidman (Lion)
Naomie Harris (Moonlight)
Viola Davis (Fences)

Melhor Ator Coadjuvante

Lucas Hedges (Manchester)
Michael Shannon (Animais Noturnos)
Dev Pastel (Lion)
Mahershala Ali (Moonlight)
Jeff Bridges (A Qualquer Custo/Hell or High Water)

Melhor Animação

Kubo e as Cordas Mágicas
Zootopia
Moana
A Tartaruga Vermelha
Minha Vida de Abobrinha

Melhor Documentário

13th (Ava Du Vernay)
I'm not Your Negro (Raoul Peck)
Fire at Sea (Gianfranco Rosi)
O.J. Made in America (Ezra Edelman)
Life Animated (Roger Ross Williams)

Melhor Filme Estrangeiro

O Apartamento (Irã)
Toni Erdmann (Alemanha)
Land of Mine (Dinamarca)
A Man Called Ove (Suécia)
Tanna (Austrália)


Melhor Edição

A Chegada
Deepwater Horizon
Até o Último Homem
La La Land: Cantando Estações
Sully: O Herói do Rio Hudson


Melhor Roteiro Original

La La Land: Cantando Estações
Manchester à Beira-Mar
A Qualquer Custo
O Lagosta
20th Century Woman

Melhor Roteiro Adaptado

Moonlight
Lion
Fences
Estrelas Além do Tempo
A Chegada

Melhor Fotografia

A Chegada
La La Land
Moonlight
O Silêncio

Melhor Design de Produção

A Chegada
Animais Fantásticos e Onde Habitam
Ave, Cesar!
La La Land: Cantando Estações
Passageiros


Melhor Figurino

Allied
Animais Fantásticos e Onde Habitam
Florence: Quem é essa Mulher?
Jackie
La La Land: Cantando estações


Melhor Maquiagem

A Man Called Ove
Star Trek: Sem Fronteiras
Esquadrão Suicida


Melhor Canção Original

"Audition (The Fools Who Dream)" (La La Land)
"Can't Stop The Feeling" (Trolls)
"City Of Stars" (La La Land)
"The Empty Chair" (Jim: The James Foley Story)
"How Far I'll Go" (Moana)

Melhor Trilha Sonora

Micha Levi (Jackie)
Justin Hurwitz (La La Land)
Nicholas Britell (Moonlight: Sob a Luz do Luar)
Thomas Newman (Passageiros)


Melhores Efeitos Visuais

Deepwater Horizon
Doutor Estranho
Mogli
Kubo e as Cordas Mágicas
Rogue One: Uma História Star Wars


Melhor Edição de Som

A Chegada
Deepwater Horizon
Até o Último Homem
La La Land: Cantando Estações
Sully: O Herói do Rio Hudson

Melhor Mixagem de Som

A Chegada
Até o Último Homem
La La Land: Cantando Estações
Rogue One: Uma História Star Wars
13 Hours

Melhor Documentário em Curta Metragem

Extremis
41 Miles
Joe's Violin
Watani: My Homeland
The White Helmets

Melhor Curta Metragem

Ennemis Intérieurs
La Femme et le TGV
Silent night
Sing
Timecode

Melhor Animação em Curta Metragem

Blind Vaysha
Borrowed Time
Pear Cider and Cigarettes
Pearl
Piper

A cerimônia ocorre dia 26 de fevereiro. Já tem seus palpites? Compartilhe com a gente e continue acompanhando nossas redes para novidades! Em breve lançaremos o Bolão do Oscar 2017.
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